João Neutzling Jr

Quem matou JFK?

Por João Neutzling Jr.
Auditor estadual, bacharel em Economia, mestre em Educação e professor
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Um dos mais queridos presidentes dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy foi eleito em 1960 e assassinado em 1963.

Perseguida pela Receita Federal (IRS) e demais autoridades judiciárias na década de 50, a máfia americana controlava cassinos, hotéis, etc. Logo, direciona seus negócios para a ilha de Cuba governada pelo ditador corrupto Fulgêncio Batista (1901-1973). Grandes hotéis, resorts, cassinos são construídos na ilha com recursos de empresários americanos ligados à máfia. Havana se torna o cabaré dos Estados Unidos. Em Cuba é verão o ano inteiro, isso atrai jogadores e turistas americanos em busca de praia, sol, prostituição e diversão.

Em 01/01/1959 ocorre a Revolução Cubana. Fidel Castro derruba o governo ditatorial de Batista e assume o poder com ajuda de Che Guevara. Os empresários americanos foram expropriados de seus bens e acabaram perdendo todo o dinheiro investido. A campanha eleitoral para a próxima eleição já estava em andamento. A máfia pediu ajuda dos dois candidatos: Kennedy e Nixon.

Kennedy, favorito, recebeu dinheiro e apoio da máfia para intervir em Cuba e reaver os bens dos empresários americanos. Eleito, assumiu em janeiro de 1961. Fidel Castro acabou se aproximando da União Soviética (URSS) e teve apoio de Nikita Kruschev, premier soviético.

Para derrubar o governo de Fidel Castro, em abril de 1961 um grupo paramilitar de exilados cubanos anticastristas, treinado e dirigido pela CIA tentou invadir a ilha. A URSS interveio em prol de Castro e Kruschev ameaçou intervir e usar armas atômicas. Kennedy hesita e decide não autorizar o uso da aviação militar dos Estados Unidos em apoio dos guerrilheiros. Sem apoio aéreo eles foram uma presa fácil e logo derrotados pelo exército cubano.

A pressão da URSS impediu a invasão. Entre os perdedores: Santo Trafficante Jr., gângster americano representante da Camorra napolitana nos Estados Unidos e atuante na Flórida, Vito Genovese, além do famoso Lucky Luciano (o Capo di tutti capi).

Kennedy recebeu apoio da máfia para a eleição e não ajudou-a quando podia. Seus dias estavam contados. Em Dallas, no Texas, em 22 de novembro, foi assassinado aos 58 anos. Um bode expiatório, Lee Harvey Oswald, foi logo preso e acusado do crime e em seguida assassinado por Jacob Rubinstein, mafioso local. A comissão Warren do governo (que investigou o crime) insistiu na ideia de que Oswald agiu sozinho. Mas, na verdade, os tiros foram disparados pela frente e pelas costas de Kennedy, ou seja, havia dois atiradores. O primeiro tiro veio por trás de Kennedy e o tiro fatal veio de frente jogando a cabeça do presidente para trás fazendo aquela explosão de sangue e pedaços do cérebro. Isso contraria a versão da comissão Warren que foi apenas um atirador.

Anos depois, Sam Giancana, famoso mafioso, estava sendo processado pela justiça e se prontificou a testemunhar contando tudo o que sabia sobre a morte de Kennedy em troca de redução de sua pena. Não conseguiu, pois foi executado em 1975.

Kennedy era um pacifista, não desejava o envolvimento americano no Vietnã, não deseja que outros países tivessem armas nucleares e era a favor dos direitos civis da população negra.

Quem matou Kennedy não foi um comando russo ou de Cuba. O inimigo estava dentro de casa.​

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